sábado, 25 de abril de 2009

Veneno

É um momento de paz, felicidade, olhe ao redor, um lindo dia. Até que alguém pisa no meu calo. O mundo começa a latejar, o ódio surge das cinzas e se eu pudesse, ah, se não fosse crime, eu mataria mil.
Uma nuvem negra em cima da minha cabeça, e chove, aliás, uma tempestade, raios, trovões, granizo! Uma adrenalina que começa no último dedinho do pé e só acaba no primeiro fio de cabelo. O sangue circulando rapidamente em meu corpo. Perco a noção da fala e audição, apenas sinto o ar, que entra em meu nariz e me faz respirar feito um animal faminto em busca de carne.
É normal? É humano? Sou uma psicopata? Espero não receber um e-mail de um psicólogo dizendo que sou louca e tenho algum tipo de distúrbio. É só raiva, é o descontentamento por ser contrariada. São meus segundos de fúria.
E passa. Logo volto a minha respiração normal, volto a enxergar, a pensar e me acusar de estúpida – insensível. Humana, humana até demais. Dessas com defeitos e qualidades. Começo a me prometer que serei mais calma e me convenço que gritar não resolve nada, que assim eu não terei razão alguma. Mas quem disse que me lembro disso?
É uma questão de segundos. O dia volta a ficar bonito e eu estou cal-ma. Não precisa ter medo, ainda não rasgo dinheiro e nem jogo pedra em avião. Ainda...
É o veneno escorrendo, e arde.

2 comentários:

Dango Costa disse...

Apesar de nao ver minha familia como problema, longe de casa eu nao tenho raiva com fequencia. acho q aprendi em casa a lhe dar com isso. XD

Marcela disse...

passa. mas as vezes demora

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